• Cantos de Guerra: Cantadores negros e as disputas em torno do gênero do Marco (1870-1930)

    Paulo Teixeira Iumatti

    Alameda Casa Editorial

    Nesta obra em que faz uma primeira síntese de uma década de estudos do cordel, Paulo Teixeira Iumatti reflete de modo profundo e original sobre os usos do Marco como tópica e como gênero da cantoria e da literatura de folhetos brasileira entre 1870 e 1930. A escolha desse período-chave permite ao autor flagrar como as nefastas heranças do escravismo ganham forma naquele momento de grande transformação do país. A originalidade da obra se deve em grande medida à identificação do Marco como espaço privilegiado para se compreender as acirradas disputas pela memória na sociedade à época, sobretudo pelo fato de o Marco, por seu caráter monumentalizante, mobilizar conceitos estruturantes para a sociedade escravista, como domínio, território, propriedade e liberdade. Outra grande contribuição do trabalho é que ele tem como objeto central os Marcos e desafios de autores afrodescendentes praticamente desconhecidos, notadamente Severino Perigo e Joaquim Sem Fim, cujas obras sobreviveram em versões registradas por folcloristas como Leonardo Mota e Francisco das Chagas Batista. Em sua aguda reflexão Paulo Teixeira Iumatti não perde de vista em momento algum as tensões que atravessam as relações folclorista/informante, nem tampouco a multiplicidade de práticas de ordem objetiva e subjetiva ali envolvidas. E o faz de tal modo que nos permite escutar essas vozes tantas vezes silenciadas. Álvaro Silveira Faleiros Professor do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo.
    Ler mais Ler menos
    Oba, você já comprou esse livro! Acesse o App e aproveite a leitura 😁
    Você já possui este livro através da parceria Skeelo + {partner} Acesse o App e aproveite a leitura 😁
    Páginas 205
    Peso do arquivo 1,34 MB
    Ano da publicação 2020

    Sinopse

    Nesta obra em que faz uma primeira síntese de uma década de estudos do cordel, Paulo Teixeira Iumatti reflete de modo profundo e original sobre os usos do Marco como tópica e como gênero da cantoria e da literatura de folhetos brasileira entre 1870 e 1930. A escolha desse período-chave permite ao autor flagrar como as nefastas heranças do escravismo ganham forma naquele momento de grande transformação do país. A originalidade da obra se deve em grande medida à identificação do Marco como espaço privilegiado para se compreender as acirradas disputas pela memória na sociedade à época, sobretudo pelo fato de o Marco, por seu caráter monumentalizante, mobilizar conceitos estruturantes para a sociedade escravista, como domínio, território, propriedade e liberdade. Outra grande contribuição do trabalho é que ele tem como objeto central os Marcos e desafios de autores afrodescendentes praticamente desconhecidos, notadamente Severino Perigo e Joaquim Sem Fim, cujas obras sobreviveram em versões registradas por folcloristas como Leonardo Mota e Francisco das Chagas Batista. Em sua aguda reflexão Paulo Teixeira Iumatti não perde de vista em momento algum as tensões que atravessam as relações folclorista/informante, nem tampouco a multiplicidade de práticas de ordem objetiva e subjetiva ali envolvidas. E o faz de tal modo que nos permite escutar essas vozes tantas vezes silenciadas. Álvaro Silveira Faleiros Professor do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo.
    Ler mais Ler menos

    Ficha técnica

    • Autor(a) Paulo Teixeira Iumatti
    • Tradutor(a)
    • Gênero Historiografia
    • Editora Alameda Casa Editorial
    • Páginas 205
    • Ano 2020
    • Edição
    • Idioma Português
    • ISBN 9786586081510
    • Peso do arquivo 1,34 MB